Función simbólica verbal en la infancia: evidencias de una muestra de niños de zonas urbanas de Argentina

Abstract

Resumen: La capacidad de representar objetos ausentes mediante el uso de signos y símbolos, de acuerdo con la edad y el entorno sociocultural, se conoce como función simbólica. Adquirir esta capacidad desempeña un papel fundamental en el desarrollo cognitivo y en la resolución de los desafíos característicos de cada etapa del crecimiento. Se llevó a cabo un estudio empírico para investigar el nivel de adquisición de la función simbólica verbal en niños de áreas urbanas de Buenos Aires, Argentina, con el objetivo de describirla en detalle y conocer las posibles diferencias según el género y la edad. El diseño del estudio fue no experimental, de tipo transversal, con enfoque descriptivo y correlacional, y se utilizó un muestreo no probabilístico (N=52; edad promedio= 6.31 años, DE= 2.07; 52% varones). Entre los resultados principales, se encontró que, tal como se había hipotetizado, la capacidad simbólica aumenta a medida que los niños crecen. Además, los niños obtuvieron puntuaciones medias más altas que las niñas. Por último, mediante un análisis de regresión logística, se demostró que la edad fue una variable explicativa de la función simbólica, mientras que el género no. Es de notar que solo cuatro niños completaron la prueba de función simbólica sin cometer errores y obtuvieron la puntuación máxima. Estos hallazgos indican que no se puede asumir que los niños adquieren automáticamente la función simbólica verbal al pasar la etapa del jardín de infantes o al cumplir seis años o más. Se lleva a cabo una discusión de los resultados a la luz de la teoría sociohistórica cultural.

Resumo: A capacidade de representar objectos ausentes através do uso de sinais e símbolos, de acordo com a idade e o ambiente sociocultural, é conhecida como função simbólica. A aquisição desta capacidade desempenha um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo e na resposta aos desafios característicos de cada etapa do crescimento. Foi realizado um estudo empírico para investigar o nível de aquisição da função simbólica verbal em crianças de zonas urbanas de Buenos Aires, Argentina, com o objetivo de a descrever em pormenor e de encontrar possíveis diferenças em função do sexo e da idade. O desenho do estudo foi não-experimental, transversal, descritivo e correlacional, com amostragem não-probabilística (N=52; idade média= 6,31 anos, DP= 2,07; 52% meninos). Entre os principais resultados, verificou-se que, tal como a hipótese, a capacidade simbólica aumenta à medida que as crianças crescem. Além disso, os rapazes obtiveram pontuações médias mais elevadas do que as raparigas. Por fim, através da análise de regressão logística, verificou-se que a idade era uma variável explicativa da função simbólica, enquanto o género não o era. É de salientar que apenas quatro crianças completaram o teste de função simbólica sem cometer erros e obtiveram a pontuação máxima. Estes resultados indicam que não se pode assumir que as crianças adquirem automaticamente a função simbólica verbal quando passam a fase do jardim de infância ou quando atingem a idade de seis anos ou mais. A discussão dos resultados é efectuada à luz da teoria sócio-histórico-cultural.

Abstract: The ability to represent absent objects using signs and symbols, in accordance with age and socio- cultural environment, is known as symbolic function. Acquiring this ability plays a key role in cognitive development and in meeting the challenges characteristic of each stage of growth. An empirical study was conducted to investigate the level of acquisition of verbal symbolic function in children from urban areas of Buenos Aires, Argentina, to describe it in detail and to find out differences according to gender and age. The study design was non-experimental, cross sectional, descriptive, and correlational, using non-probabilistic sampling (N=52; mean age= 6.31 years, SD= 2.07; 52% male). Among the main results, it was found that, as hypothesized, symbolic ability increases as children get older. In addition, boys obtained higher mean scores than girls. Finally, using logistic regression analysis, it was shown that age was an explanatory variable for symbolic function, while gender was not. It is noteworthy that only four boys completed the symbolic function test without making errors and obtained the maximum score. These findings indicate that it cannot be assumed that children automatically acquire verbal symbolic function when they pass the kindergarten stage or when they reach the age of six or older. A discussion of the results is conducted in the light of socio-historical cultural theory.