Las técnicas de perfumería en la Corona de Castilla (siglos XV-XVI): las aguas de olor

Abstract

A finales de la Edad Media y principios del Renacimiento, la perfumería estaba muy presente en la sociedad. Existía un gran interés en aromatizar estancias de determinados edificios con motivo de algún festejo religioso o cultural, impregnar de olores algunas prendas de vestir y, sobre todo, perfumar la piel, el cabello e incluso la barba masculina. Evidentemente, la Corona de Castilla no era ajena a esta realidad odorífera, así lo demuestran diversas recetas técnicas de los siglos XV-XVI, conservadas en bibliotecas y archivos hispanos, que proporcionan una extraordinaria información para elaborar ciertas fragancias para su consumo diario. Con esta propuesta, ofrecemos un acercamiento al estudio de la perfumería castellana de aquellos momentos, a través del modo de fabricación y los ingredientes necesarios para obtener aguas de olor, aproximándonos así, a una perspectiva sensorial del ámbito oloroso de nuestros antepasados.

At the end of the Middle Ages and the beginning of the Renaissance, perfumery was very present in society. There was great interest in scenting rooms in certain buildings for religious or cultural celebrations, impregnating certain items of clothing with fragrances and, above all, perfuming the skin, hair and even men's beards. Evidently, the Crown of Castile was no stranger to this odoriferous reality, as evidenced by various technical recipes from the 15th-16th centuries, preserved in Hispanic libraries and archives, which provide extraordinary information on how to make certain fragrances for daily consumption. With this proposal, we offer an approach to the study of Castilian perfumery at that time, through the method of manufacture and the ingredients necessary to obtain scented waters, thus bringing us closer to a sensory perspective of the odorous environment of our ancestors.

No final da Idade Média e no início do Renascimento, a perfumaria estava muito presente na sociedade. Havia um grande interesse em perfumar as salas de certos edifícios para celebrações religiosas ou culturais, impregnar certas peças de vestuário com fragrâncias e, sobretudo, perfumar a pele, o cabelo e até a barba dos homens. Evidentemente, a Coroa de Castela não era alheia a esta realidade odorífera, como o atestam várias receitas técnicas dos séculos XV-XVI, conservadas em bibliotecas e arquivos hispânicos, que fornecem informações extraordinárias sobre o modo de confecionar determinadas fragrâncias para consumo quotidiano. Com esta proposta, oferecemos uma abordagem ao estudo da perfumaria castelhana da época, através do método de fabrico e dos ingredientes necessários para obter águas perfumadas, aproximando-nos assim de uma perspetiva sensorial do ambiente odorífero dos nossos antepassados.